Vítimas sim. Inoperantes não.
Recentemente, temos visto e ouvido sobre diversos escândalos que abrangem a escala política. O que todos eles têm em comum e a ampla capacidade de causar desilusões quanto ao futuro democraticamente almejado pelos brasileiros.
Longa é a lista e exaustivas são as conclusões relacionadas aos casos de corrupção, mas segui-se apenas alguns de importante interesse do leitor: operação vampiro, promovida pela Polícia Federal em maio de
O pífio resultado dessas operações são duramente contrastantes. Uma vez que por um lado elas são, no início, um sopro de alento para uma sociedade exausta de tanta folia inconseqüente, e no fim uma sensação de que tudo não passou de uma grande ficção política. As conseqüências da corrupção mostram-se nos números recentemente publicados pelo Banco Mundial e estende-se a trinta por cento do PIB de um país, desperdiçado em decorrência do problema. A corrupção afasta os investidores internacionais que não querem passar o tempo todo pagando propina. Além da econômica, a corrupção afeta um valor fundamental de uma democracia: a confiança da população no governo e nas suas instituições. Males sociais como o tráfico de seres humanos, tráfico de drogas, crime organizado e até terrorismo são ajudados ou sustentados pela corrupção.
Mas afinal, esse prende-e-solta nos ensina alguma coisa? A resposta e positiva. Uma vez que mesclado entre as evidências podem-se identificar as causas da corrupção. A primeira é a impunidade, sustentada por leis antiquadas, que não especificam uma série de situações até comuns de se ocorrerem, por processos lentos, julgados pelos superior tribunal de justiça que já se encontra saturado, e por um sistema judiciário que não consegue garantir que corruptos sejam realmente julgados.
A segunda esta relacionada ao alto grau de controle que o Estado tem sobre a economia. A burocracia estatal cria uma série de caminhos para o desvio do dinheiro público. A terceira, e última, é a desvalorização do serviso público traduzido na insatisfação e ambição de vários políticos que são incapazes de perceber sua real importância para o país, ao se envolverem em projetos que diluem ainda mais aquilo que se costuma chamar de decoro parlamentar, que nada mais é do que decência.
O que irá determinar a permanecia ou não deste caos administrativo encontra-se traduzido em duas palavras: prevenção e punição. Então, a corrupção e atos dela procedentes como o nepotismo, o caixa a dois e a contratação de "laranjas" tem solução e esta passa pela criação de um ambiente desfavorável ao crime.
Antes de tudo é necessário fazer com que o controle a corrupção saia do papel e entre em ação, através do diagnóstico preciso da situação. Seguindo-se a criação de agências independentes do governo para fiscalizar as ações do poder público. Isso irá direcionar punições que, por exemplo, dificultem políticos corruptos de reingressar na vida política, atravéz da proibição do voto em plenário de políticos que já estão sendo investigados, isso os enfraquecerá no ministério. Outra coisa importante é recuperar o dinheiro que foi roubado, coisa que poucas vezes acontece, pois o dinheiro é depositado em paraísos ficais.
Por fim, todos os projetos idealizados para combater a corrupção não serão eficientes sem a participação de um importante argente: a sociedade. Tanto no que tange a denúncias, quanto principalmente na conscientização da importância da escolha daqueles que nos irão governar. Pois a preocupação com a educação social impede que sejamos novamente vítimas de nossos propios erros.
( Grupo Alex, Cid, Davi, Lívia e Roger)